Grande parte dos elementos, tal como aparecem na Natureza, são constituídos por várias espécies nuclearmente distintas com abundâncias determinadas, genericamente designadas por núclidos; os de igual número atómico (mesmo número de protões) designam-se em particular por isótopos (de um dado elemento). Assim, enquanto que, po exemplo, o elemento cloro aparece naturalmente constituído por dois núclidos (isótopos naturais) de números de massa 35 e 37 e abundâncias respectivamente de 75,5° e 24,5%, o fluor natural é constituído apenas por um único núclido de número de massa 19. Os núclidos podem ser estáveis, tal como os acabados de mencionar, ou radioactivos; estes, por sua vez, podem, em certos casos, existir naturalmente, mas a grande maioria dos núclidos radioactivos conhecidos apenas podem ser produzidos artificialmente através de reacçõesonucleares. Deste modo, os compostos tal como existem na Natureza ou como são normalmente preparados no laboratório ou na indústria, são constituídos pelos vários elementos com a composição isotópica natural.
Acontece que, para certos fins, sobretudo em investigação em química, biologia, medicina, agronomia, etc., interessa por vezes ter presente, um dado núclido (estável ou radioactivo) incluso num composto determinado. Isto pode ser importante, porque permite seguir ou traçar o caminho que esse núclido vai percorrer num dado sistema, tornando o composto em que se encontra integrado (ou um seu produto de transformação) facilmente reconhecível em dado passo do processo a que ele se encontra sujeito.