Capa
Série I / Anno 10 / Número 7-12
1914
Descarregar revista
O problema de quo trata. Um problema interessante de Fisico-quimica, que se nos apresentou durante umas experiências de eleçtrólise, é o seguinte: Um condutor electrolítico cilíndrico AB (AgnI) é atravessado por uma corrente eléctrica. Que fenómenos se observarão, se no seio dêsse electrulitc existir um condutor metático db, de certo comprimento e determinado diâmétro, Condutor que supomos ser cilíndrico, isolado na sua superfícir lateral e com o eixo coincidindo com o do condutor electrolítico?
1. O apparelho photometrico usado no Porto é o de DUMAS e REGNAULT. I. PRINCIPIO DO APPARELHO 2. Considerando duas fontes de luz, enviando separadamente os raios luminosos sobre um diafragma translúcido, uma d''ellas tomada como typo ou padrão, e a outra, a do gaz, á mesma distancia do diafragma que a luz typo, e fazendo variar a quantidade de gaz que arde n''esta lampada até que as; duas partes do diafragma sejam igualmente illuminadas, o valor do gaz variará na razão inversa do volume despendido no mesmo intervallo de tempo para igualar a luz typo.
Desde a descoberta de PITTLIPPE LEBON, nos tins do seculo xviii, até 1878 a illuminação a gaz fez poucos progressos., Confiados sem duvida na superioridade relativa do gaz sobre , os outros modos de illuminação, os engenheiros occupavam-se'' sobretudo de melhorar os processos do fabrico do gaz e deixavam de lado a sua utilisaçào. E, comtudo, os bicos então em uso parecer-nos-hiam na hora actual muito insufftcientes.
Sr. Presidente e meus senhores: Todos sabem da importancia que hoje se liga á analyse hygienica do leite. Sem duvida, a chimica dá sempre informações interessantes, sobretudo quando o leite é destinado a ser aproveitado para manteiga ou queijo, mas quando tem de ser consumido em natureza, seria um grave erro, como diz o Prof. PORCHER, basear simplesmente na analyse chimica a apreciação da qualidade d''esse producto. A escolher entre um leite hygienicamente perfeito, ainda que aguado ou desnatado ou mesmo falsificado, comtanto que o seja com matérias inócuas e nm outro leite, completo,puro, no sentido chimico, mas inquinado de bactérias, ninguém deixaria hoje de preferir o primeiro.
Até ao ano de 1911 fez-se uma exportação considerável de vinhos abafados portugueses para a Alemanha, especialmente pelos portos de Hamburgo e Bremen, sem que pela parte das autoridades aduaneiras germânicas houvesse qualquer obstáculo à entrada dos produtos portugueses no Império. Naquele ano, porém, a alfândega de Hamburgo começou a levantar dúvidas a respeito de vinhos fabricados pelo processo do abafa-mento de mostos por meio de aguardente, insistindo em considerá-los, em face da última lei vinícola alemã de 1909, não como verdadeiros vinhos, mas como imitações de vinhos cuja im-portação na Alemanha é proibida.
A illuminação publica no Porto em 1907 e o systema de illuminação por incandescência. Quando em 1907 a Camara Municipal do Porto deliberou substituir o systema de bicos de illuminação a gaz, que eram então pela maior parte os bicos de fenda, denominados borboleta ou de leque, de chamma livre, por bicos mais economicos e de maior rendimento, indiquei-lhe, na qualidade de director do Posto photometrico, que se deveria recorrer aos bicos munidos de mangas de incandescência.
Em Portugal foi expressamente proibida a aplicação do açúcar de cana, no fabrico de vinho - conforme o artigo 42.° da Carta de lei de 17 de Setembro de 1908 e artigo 55.0 da lei de 1 de Outubro do mesmo ano. Nos regulamentos especiais, para o comércio dos vinhos do Pôrto e da Madeira, é também, exclusivamente, permitido o emprêgo de açúcar proveniente das uvas.
Meus Senhores, Ao tomar a palavra n''este recinto, já aureolado por tantas glorias, sinto uma viva emoção, e não conseguiria domina-la, se não soubesse a benevolencia com que a Academia Real da Suécia acolhe aquelles que julgou dignos das suas recompensas mundiaes.
Superioridade balistica e instabilidade chimica da polvora B Ha poucas questões que tanto tenham preoccupado a opinião publica, no decorrer d''estes últimos annos, como a da estabilidade da polvora B, e que tenham dado margem a discussões tão apaixonadas, tanto na imprensa, como no parlamento. Não é, para fallar verdade, a primeira vez que o nome da polvora B se achou repercutido até ao infinito pelos mil eccos da imprensa quotidiana, e os homens da minha geração lembram-se de já ter ouvido fallar d''ella em tempos, tanto como hoje.
C. Matignon et J. Lamirand, Nouveau Cours de Chimie êlémen-taire, Paris, 1914; Vitali (Prof. Dioscoride).Note di chimica tossicologica sui nuovi remedi organici; Milano, 1914; 1 vol. in-8.°, de 114; Ilídio - Alves A Química nos cursos secundários,
Holtreman do Rego (João) -A fraude praticada com o leite de ovelha sob os pontos de vista chimico e hygienico; Baptista Ramires (Prof. A.); Questões de ladicologia;Cunha Coutinho. Rectificação do álcool e envelhecimento dos vinhos; Lepierre (Prof. Charles). A não especificidade do zinco como catalisador biologico na cultura do «Aspergillus niger». A sua substituição por outros elementos; Uosta Ferreira (Dr. Aurelio da). A Casa Pia e o ensino da farinada em Portugal; Rasteiro (Joaquim). Elementos para uma memoria sobre a cultura do arroz em Portugal.; S. Tavares (Prof. J.). A producção do assucar brasileiro;Ramos de Deus (J. B.). As plantas texteis; Ramos de Oeus (J. B.). Notas sobre a cultura do linho em Portugal; Ulpiani (C.) Trad,pelo Dr. PERES DURÃO. Química Agrícola: A Química Física e a Agricultura.Nogueira Lobo - Contribuição para o estudo do metabolismo azotado nas bactérias; Leclère (A.); Causas d''erro em iodometria. (Journal de Pharmacie et de Chimie; Roques (Ferdinand); Regeneração da tintura de iodo alterada
É reparo singular dos que contemplam as cousas naturaes, ver que as que são de maior proveito ao genero humano não se reduzem á sua perfeição sem passarem primeiro por notáveis apertos: e isto se vê bera na Europa no panno de linho, no pão, no azeite e no vinho, fructos da terra tão necessários; enterrados, arrastados, pizadcs, es-premidos, e moidos antes de chegarem a ser perfeitamente o que são. E nós muito mais o vemos na fabrica do assucar, o qual desde o pri-meiro instante de se plantar, até chegar ás mezas, e passar entre os dentes a sepultar-se no estomago dos que o comem, leva uma vida cheia de taes e tantos martyrios, que os que inventaram os tyrannos lhes não ganham vantagem. Porque se a terra, obedecendo ao império do Greador, deu liberalmente canna, para regalar com a sua doçura aos paladares dos homens; estes, desejosos de multiplicar em si de-leites e gostos, inventaram contra a mesma canna, com seus artifícios, mais de cem instrumentos, para lhe multiplicarem tormentos e penas.