A exemplo de FERREIRA DA SILVA, que no terceiro ano desta Revista publicou «no lugar de honra» do ''primeiro número de 1907, dirigindo-o ao nosso País, o artigo de CARRACIDO de que falamos no Editorial, a pág. 2 do número anterior, vamos transcrever do Endeavour, de Abril de 1946, um artigo do professor de química-física da Universidade de Leeds, E. F. CALDIN, com o título acima e que, embora dedicado aos ingleses, não tem menos oportunidade entre nós, não tanto porque aqui se verifique «a confusão habitual entre a ciência e as suas aplicações», mas, sobretudo, porque, dos três domínios da actividade científica de que fala o autor, 1) ciência pura, 2) ciência aplicada e 3) tecnologia, o primeiro, ciência pura, e, portanto, investigação científica fundamental, é pràticamente ignorado, porque é obstinadamente alheado da experiência. E, quando se fala de investigação científica, encaram-se apenas os outros dois domínios: o da ciência aplicada e, sobretudo, o da tecnologia.