A SPQ encerrou mais um ciclo olímpico com o melhor resultado de sempre nas Olimpíadas Iberoamericanas de Química (OIAQ): dois ouros, uma prata e um bronze. A XXIV edição foi realizada nos dias 9-15 de setembro, na cidade do Porto, e contou com a presença de 59 estudantes de 17 países.
Portugal acolheu pela segunda vez uma edição das OIAQ, após uma primeira realização, em 2006, na cidade de Aveiro. Desta vez a organização ficou a cabo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em colaboração com a SPQ. Delegações enviadas por 17 países –Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela – num total de 59 estudantes, juntaram-se no passado dia 9 de setembro para testar conhecimentos e trocar vivências. Os estudantes provaram os seus conhecimentos ao superarem duas provas, teórica e laboratorial, cada com 5 horas de duração. Estas incidem sobre todas as áreas da Química – Analítica, Física, Inorgânica e Orgânica – contendo problemas interdisciplinares a um nível significativamente superior ao ensinado no ensino secundário.
A delegação portuguesa foi constituída pelos estudantes André de Sousa Guimarães, do Externato Marista de Lisboa, Armando L. M. Gomes Teixeira, da E. S. de Ermesinde, Diogo Mendes Sampaio, do Colégio do Ave, e Paulo M. Teixeira Cortesão, da E. S. Infanta D. Maria, e pelos mentores João Pereira e Vasco Batista da Universidade de Aveiro. A prestação portuguesa foi brilhante, obtendo duas medalhas de ouro (André e Armando), uma medalha de prata (Paulo) e uma medalha de bronze (Diogo). Este foi o melhor resultado de sempre nesta competição, ao fim de seis anos sem obter nenhuma medalha de ouro - desde 2013 na Bolívia.
As OIAQ, bem como as Olimpíadas Internacionais de Química realizadas em julho, surgem como o culminar de um ano de seleção e preparação. Após uma seleção inicial de 12 estudantes do 10º e 11º anos, através das Olimpíadas de Química+, estes são preparados nas várias vertentes da Química por docentes e alunos da Universidade de Aveiro. Estes incluem a Dra. Clara Magalhães, Dr. Francisco Freitas, Dra. Rita Ferreira, e Carlos Silva. Salienta-se também a colaboração da professora Alzira Rebelo do Colégio Internato dos Carvalhos.
A realização da OIAQ 2020 estava em risco dada a dificuldade em encontrar um país organizador. O Professor José Arimateia Lopes, reitor da Universidade Federal do Piauí, aceitou o desafio de acolher pela terceira vez as olimpíadas naquela instituição. Assim, as OIAQ 2020 serão realizadas em Teresina e Parnaíba, Estado do Piauí, Brasil.